Escritor em início de carreira

   Os primeiros passos de um escritor em início de carreira enfrentam muitos obstáculos. Não há novidade nisto, sem falar que em qualquer profissão acontece o mesmo e o alicerce é "não desanimar". Na metade do caminho de seu primeiro original o escritor finalmente assina contrato com uma editora, mas até aí, foram degraus e degraus vencidos: Ter uma ideia. Amadurecer a ideia. Começar escrever. Superar os dias sem inspiração. Ficar feliz pelos dez capítulos concluidos e continuar. Primavera, verão, outono, inverno... primavera, verão, outono, inverno. Algum tempo depois (no meu caso foram quase dez anos), permitir-se sorrir até às orelhas por tamanha satisfação em ver o trabalho pronto. Pesquisar editoras. Enviar aquele e-mail formal apresentando-se pra pelo menos vinte casas publicadoras. Aguardar e aguardar um retorno de interesse solicitando o original (esperar é a chave). Alguns respondem amigavelmente, explicando que não é o que procuram no momento e desejando boa sorte. Alguns jamais respondem. Um ou dois jogam areia, usam palavras ásperas e "tocam uma real" bastante cruel (algo do tipo: "Reduza sua trilogia pra trezentas páginas. Mesmo assim, não venderá!"). Até que um dia "seu nome é chamado" e uma editora quer investir em sua obra (meio caminho andado)!
   Fé. Sem fé não é apenas impossível agradar a Deus, é impossível permanecer lutando. Entre assinar um contrato e "pegar seu filho no colo", leva mais um tempo. Todavia Roma não foi reconstruída em um dia. Não tenho certeza se esta é uma estratégia, porém este tempo é parecido com uma gestação... Na gestação somos preparados para algo que ainda não estamos prontos. Então investimos, propagamos, pesquisamos, melhoramos, continuamos tendo ideias... Quando vai chegando o tempo dos últimos arremates até o lançamento do primeiro livro, não sei os meus colegas, mas eu estava em uma queda livre de ansiedade (do tipo que atrapalha). Os dias estavam se aproximando e meu sentimento era de pavor. Não me arrependo de ter entrado nessa (jamais), porém queria usar um "avatar" em meu lugar. "Eu não sou capaz. Sou muito tímida. Por que fui acreditar demais?" - Minhas maiores dúvidas. O medo, a ansiedade e a autossabotagem estavam presentes gritando nos meus ouvidos (com um mega-fone): "Você não está pronta!"
   Quem me acompanha aqui há dez anos sabe o quanto medito sobre tudo. Amo filosofar e poetizar a vida. Quando eu estava no meio do caos (pensando seriamente em comprar uma passagem só de ida pro Japão), parei tudo (outra vez) pra prestar atenção na brisa teimosa, proveniente de uma direção oposta ao vendaval, lembrando-me que basta apenas lançar os medos, ansiedades e autossabotagem nos braços do Autor dos autores. Agora cá estou, recuperando-me e me preparando nos poucos dias até o lançamento de meu primeiro livro impresso pela Drago Editorial e amparada pelos melhores chefes (amigos, como eles fazem questão de dizer) - pessoas de caráter, respeito, amor e compromisso (Gustavo e Patrícia Drago).
   Resolvi postar tudo isto pra marcar esta etapa... Acabei de passar por dificuldades que foram a gota d'água do estresse. Novembro era o mês marcado pro lançamento, e em troca disso, passei por dias bastante tenebrosos. Tive que escolher entre desistir de acreditar que "tudo dá certo após a longa espera" ou continuar acreditando "mesmo que as primeiras cem vezes seja um fracasso". Quem me conhece de verdade sabe que a vida pode até balançar meu chão vez e outra, entretanto os meus pés continuam firmes na Rocha!...
   Hoje, com alguns dias em tratamento, acordei-me as 6:00 da manhã (sim. Estou mantendo uma vida mais regrada)... Decidi trabalhar em algumas fotos para a orelha do livro (eu havia decidido não usar foto, porém a gratidão a Deus está falando mais alto). Às 6:30 eu já estava de café tomado, maquiada, usando um vestido (por cima das calças), brincos de pérolas (minha amiga Jane me disse que as pérolas combinam comigo) e aguardando a luz natural do sol (que chega chegando em minha sala de tv que também é meu escritório) para aproveitar sua luminosidade gratuita. Com um J5 Primer (da minha filha) em mãos para as selfies (um dia serei menos tímida diante de um fotógrafo - Viu, Leandro Pereira?), cliquei duzentas e cinquênta vezes (entre as aspirantes pro livro, algumas caretas básicas)!... Detalhe: Após as primeiras vinte fotos meu dente, que agora deu pra me matar de dor (este já é outro), começou latejar... Tomei um Ibuprofeno e continuei o trabalho. Assim que terminei, postei três fotos em minha linha do tempo no Facebook... Apenas gratidão a Deus pela saúde, força de vontade em Sua causa e autoestima que Lhe agrada.
   Dinheiro? Também não tenho. Recursos? Também preciso batalhar. Dificuldade? Entre na fila. Sobremaneira creio que "O tudo sem Deus é nada. O nada com Deus é tudo." - já dizia um chaveirinho Gospel lá da minha infância!

   Por mais invernos rigorosos sob meu forro alto de cedrinho (que é como um captalizador de geada)... Por mais verões escaldantes com ventilador na cara... Por mais "desmaios" durante o trabalho sob o sol com meus queridos modelos de divulgação... Por mais apoio dos amigos e dos pais... Por mais saudade que o esposo e a filha sentem durante minha jornada (e que é recompensado com muito amor)... - Não existe uma faculdade que forma escritores. Ou você nasce com este talento, ou não. Tudo vem de Deus, o talento que Ele evolui pra dom. Não posso desperdiçar o que Ele me deu - por isso retribuo pra Ele mesmo!
   Hoje estou reenviando a minha "revisão da revisão (atrasada? Creio que no tempo perfeito)". Enviando uma foto e o formulário da capa. O que eu podia ter feito por Ekklesía até aqui, eu fiz. Agora ficarei no aguardo da arte da capa e da diagramação. Já tenho o original de "Fomos Sarados - Segundo livro da trilogia Ekklesía" pronto, e um novo romance pra iniciar escrever ainda este mês: "Os Livros de Papai..." Vai valer a pena!

Com carinho, satisfação e sonhos.
CAren DiLima

Duloxetina

Beirando os 40 anos continuo com essa história de TAG/Transtorno de Ansiedade Generalizado. Então você me pergunta quando foi que isso iniciou e por que ainda não foi tratado?... Os primeiros sintomas que me dei conta ocorreram lá pelos meus 11 anos de idade (com a famosa enxaqueca). Jamais fiz um tratamento até o final (4 meses realmente não são suficientes), porém chega uma hora que "o cuidado com o corpo" acaba "estalando" no cérebro nos fazendo entender de vez (porque a próxima tentativa do corpo será desenhar) que é preciso sim cuidar do organismo, seja um simples neurotransmissor desequilibrado ou uma doença "assustadoramente física"... De um resfriado ao câncer: Somos um espírito, temos uma alma e moramos em um corpo que precisam ser cuidados com todo amor (porque amar-se não significa apenas ir ao salão de beleza ou comprar um sapato novo).
Há 2 anos desisti da última tentativa de tratar o TAG. Estava tentando Cloridrato de Sertralina pela milésima vez, porém os efeitos colaterais estavam insuportáveis. Mas pensa em insuportáveis. Desta vez, ao me encontrar em uma crise que envolveu a soma do ponto alto de uma conquista muito esperada + uma perda traumática + desequilíbrio orgânico, e + o famoso "empurrão com a barriga", acabei em um consultório clínico onde me foi solicitado vários exames (inclusive alguns que nunca fizera) e especialistas "pra ontem": Psiquiatra e Psicólogo (novidade...).
Inicio hoje (hoje mesmo, dia 17 de Novembro de 2018) um novo tratamento com Cloridrato de Duloxetina. Minha nova Psiquiatra me receitou iniciar com 30mg por 8 dias e após aumentar para 60mg. Eu espero de coração que desta vez a química recomendada seja 100% benéfica e que meu organismo não sinta os efeitos desagradáveis... Peço a Deus que Sua Cura se manifeste através deste tratamento (Ele tem seus meios e razões... Uma palavra estantânea, uma pasta de lama e cuspe às vezes, uma capsula manipulada em laboratório também - Ninguém pode limitá-lo a suas próprias crenças ou misticismos).
Sim, Deus. Ainda O incluo em tudo na minha vida. Melhor: Ele continua sendo o primeiro, quem está no absoluto controle, quem é louvado independente de minhas limitações, Aquele que supera o que não posso superar e que me ensina uma nova lição a cada dia em todos os detalhes dos meus dias através da oração (conversa - falar e ouvir)... Inclusive é por Seu Amor em mim que em meio às tempestades da vida continuo me levantando pra dizer que continuo sendo um ser humano dependente Dele (observada por olhares que julgam e desprezam minhas limitações, condenando-me a incapacidade - Não sei se pelos meus "piripaques" ou pela minha coragem e solidariedade em compartilhar as necessidades... Eu realmente jamais tive vergonha de dizer que preciso de ansiolíticos etc. Continuo querendo ajudar quem está comigo nessa).
Engraçado que, assim como atraía pessoas com tais transtornos virtualmente (liderei um fórum famosíssimo no Orkut), hoje em dia estou cercada de pessoas físicas que passam pelos mesmos perrengues que eu (ou mais severos). Trabalhamos juntos a questão da fé e de como podemos contribuir uns com os outros enquanto cuidamos de nós mesmos (continuo acreditando que esta é a melhor forma do Amor e Cura de Cristo se manifestar: quando não olhamos apenas pro próprio umbigo e nos importamos uns com os outros), também trabalhamos a questão da famosa frase "crentês" (entenda-me neste caso, dentro de uma cultura equivocada sobre assuntos de saúde): "Vou parar com estes remédios porque Jesus vai me curar!"... JESUS, Ele já nos curou. Simples assim. Aceita que dói menos! Segundo A Bíblia Ele levou sobre Sí todas as nossas enfermidades etc (você sabe... Está lá no profeta Isaías). Acontece que temos uma eternidade (que já iniciou quando O recebemos) pra desfrutarmos a Cura! Jesus ainda faz milagres e sara as enfermidades do corpo? Lógico. Mas Ele o faz pra Sua glória, segundo Sua vontade que é boa, perfeita e agradável! Nada em Seu Reino é egoísta. Ele manifesta a Cura conquistada na Cruz quando isso for o melhor pra nós e pra louvor de Seu Nome. Agora... pensa comigo: Deus nos dá todos os recursos (porque médicos e químicas vêm Dele) e nós, por mero capricho "escolhemos" nos abster destes recursos, sem ponderar no cuidado que devemos ter com o nosso corpo que é a casa onde O Espírito Santo habita?!... Como assim?! - Jesus ainda sara?! Óbvio que sim! Mas enquanto Ele não sara da diabetes, da pressão alta, da gripe, da tuberculose, da enxaqueca, da dor na coluna etc, o que nós fazemos?! Se nosso filho está com febre, com dor, se machucou, atacou a bronquiolite... Esperamos sem orações e medicamentos?! Tipo... Não consultamos, não vamos ao pronto-socorro etc?! - Qualquer tipo de "vou parar de tomar este medicamento porque eu creio que Jesus vai me curar" é pura negligência com o corpo, é um capricho, é imprudência, é tentar Deus, é colocar "o que os outros vão pensar de mim" acima do que "o que vão pensar de Jesus quando souberem que Ele me curou?" (como saberão que Ele o curou, se nunca souberam que você estava enfermo?!)...

Não é mais tempo de brincarmos com a saúde mental e orgânica. É tempo de valorizarmos o corpo que Ele nos deu, assim teremos saúde pra testemunharmos que somos Filhos de Deus! Não tenha vergonha de "se expôr", pois é muito mais vergonhoso querer mostrar algo que não é verdadeiro apenas pra não "se humilhar", do que mostrar o que Jesus Cristo ainda faz nos dias de hoje!

Eu estou em um novo processo de cuidados com meu corpo desde que recebi uma Palavra maravilhosa de Deus durante uma Rede de Mulheres (como chamamos os nossos encontros femininos em minha igreja)!... No mês de Outubro, motivada pelo "Outubro Rosa", nossa líder organizou um bate-papo entre uma enfermeira e duas mulheres que enfrentaram o câncer de mama... De repente, enquanto a enfermeira falava dos cuidados que devemos ter "hoje" com a saúde, porque esse cuidado (ou a falta dele) irá refletir (sem dúvida alguma) em nosso corpo mais cedo ou mais tarde, dei-me conta de onde eu estava em relação a isto: Com medo do tratamento dentário por 5 anos (que resulta em uma dor diária no rosto), com implicância pra usar óculos (que abandonei há 8 anos e oro tooodos os dias pra Jesus me curar) e que já aumentou pra 3 graus de astigmatismo (quase cega, segundo minha oftalmo), sempre adiando o tratamento da TAG por conta dos efeitos colaterias e porque achava que estava dando conta do recado... Dei-me conta de que estou "dolorida" demais pra quem nem completou 38 anos ainda... E pra quem quer viver pelo menos até os 90, isso não é um bom sinal.

Já cortei frituras do meu cardápio. Diminui o glúten e as guloseimas. Já realizei exames de checkup (onde meu HDL deu no limite de baixo nível - o corpo exigindo exercícios físicos)... E você? Qual sua idade? O que tem feito pra cuidar do seu corpo? Não é tarde pra começar fazer algo a este respeito... Jesus nos ama como somos, mas se recusa nos deixar assim! Ele quer que tenhamos uma boa saúde em todas as áreas (todas, todas meeeesmo), então vamos trabalhar junto com Ele e certamente Deus nos libertará de sintomas em nós que nosso orgulho nos impede de nos livrarmos! Lembre-se: Ele já te curou, entretanto receba! Cuide-se! Precisamos nos cuidar pra que Ele realize o impossível!

Com carinho, humanamente
CAren DiLima